quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Poema do Querer Reticente


Não quero-te agora, que o peito aperta e a dor afaga;
Não quero-te nesse instante em que o whsiky acaba;
Ou tao pouco quero-te, neste momento em que o cigarro repousa no canto do lábio.

Quero-te em um desses dias sol, em que os raios invadem as janelas;
Quero-te nos sorrisos luminosos , que deixam morrendo de inveja as banguelas;
Quero-te nos abraços que comprimem os espaços e me partem como raio.

Não quero-te triste, nem alegre;
Quero só oque te der na telha;
Não quero que parta ou espere;
Do seu tempo quero só uma sentelha.

Quero-te sem te querer;
Quero presa, entendendo que és livre;
Quero te ganhar, não te perder;
Quero-te antes de pedir uma cuba libre.

Quero-te...
Urgente;
Veemente;
Descrente;
Decadente;
No meio termo entre o ausente e o presente;
Quero-te, embora seja reticente.